Thursday, February 17, 2005

Todo o tempo futuro foi pior

Ontem à noite suplantou as balas com que o metralharam e fugiu da polícia entre a multidão.

Escondeu-se na copa de uma árvore, partiu-se o ramo e acabou espetado numa cerca de ferro. Soltou-se do ferro, adormeceu numa lixeira e foi aprisionado por uma pá mecânica. A pá libertou-o, caiu sobre um tapete rolante e foi esmagado por toneladas de lixo. O tapete pô-lo diante de um forno, ele não quis entrar e começou a retroceder.

Deixou o tapete e passou à pá, deixou a pá e foi para a lixeira, deixou a lixeira e espetou-se na cerca, deixou a cerca e escondeu-se na árvore, deixou a árvore e procurou a polícia.

Ontem à noite mostrou o peito às balas com que o metralharam e caiu como qualquer um quando o enchem de chumbo: completamente morto.

in Periférica, Seis Microcontos.
textos de Raúl Brasca

replace-this-line-with-TrueFresco-Referrer-Feed-you-are-using-now

referer referrer referers referrers http_referer The WeatherPixie on-line Estou no Blog.com.pt



Listed on BlogShares eXTReMe Tracker Last Comments Add-On by LastHalo